Fala Galera! Vamos de saudações lusitanas por hoje!!!!
É muito comum que os voos saindo
do Brasil em direção à Europa passem ou por Lisboa ou por Madri. Daí essa acaba
sendo uma boa oportunidade pra fazer um
stopover e conhecer, mesmo que superficialmente, uma dessas capitais.
Esse post é pensado em quem tem
algumas horas na capital dos nossos patrícios. O roteiro é ideal para quem
chega pela manhã e parte a noite. Claro que não dá pra ver e fazer tudo, mas é melhor do que ficar vendo o tempo passar pela vidraça do
aeroporto, né?
IMPORTANTE: se você ainda não
utilizou o serviço de locker/depósito de bagagens nos aeroportos, pode começar
por aqui (caso não vá pernoitar na cidade)! É super seguro e funciona 24 horas,
pode confiar! Em Lisboa, o valor do serviço varia de acordo com o peso da
bagagem e quantas horas ela irá permanecer lá:
Preços
do depósito de bagagem do aeroporto de Lisboa - Valores em 2016
Agora se liga aí no post, e se
estiver pensando em viajar pro Velho Continente, não perca a oportunidade de
“gastar” umas horinhas na capital portuguesa!
Chegando no Aeroporto Humberto Delgado (ou Aeroporto da Portela)
Antes de mais nada: Para nosso roteiro de um dia, é interessante comprar, já na estação
do aeroporto, um bilhete de transporte público que vale por 24 horas. Além de
garantir o deslocamento no próprio metrô, garante também a subida no elevador
Santa Justa, do qual falo mais tarde. O bilhete custa cerca de €7 e é muito
facilmente comprado nas máquinas dentro das estações.
Para sair do aeroporto,
utilizaremos, então, o metrô. Ele possui 4 linhas, sendo a linha vermelha a de acesso ao aeroporto. A direção a ser tomada é a
São Sebastião (confira nas placas), mas se liga, porque você vai descer antes,
na Estação Alameda, onde fará uma baldeação para a Linha Verde para posteriormente descer na
Estação Cais do Sodré para iniciarmos nosso roteiro no Bairro de Belém.
O metrô de Lisboa tem poucas linhas e é muito fácil se localizar entre as
estações!
Saindo da Estação Cais do Sodré, é possível escolher entre ônibus (ou autocarro, como os portugueses chamam) ou bonde (também tem outro nome lá – elétrico) pra chegar na Estação Mosteiro dos Jerônimos, onde finalmente iniciaremos o tour. É legal pegar o bonde (hahaha com o perdão do trocadilho) já que é oportunidade pra testar algo diferente do que temos na terra brazilis. Busque o número 15E, direção Algés, e vá até a estação do já mencionado Mosteiro. Não vai ser difícil descer lá, a maioria dos passageiros também o farão!
Primeira parada: Bairro de Belém
Se você acha que é muito trabalho
chegar lá, é porque não tem em mente as atrações a serem conferidas. Vale MUITO
esse tempo de deslocamento. Confira:
MOSTEIRO DOS JERÔNIMOS: A estrutura externa já é de cair o queixo, e a visita vale muito a pena, mas não para quem tem apenas um dia. Então tire umas fotos ali, aprecie a arquitetura e parta para a próxima atração.
Mosteiro dos Jerônimos de perto... |
e de longe.... |
PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS: Saindo do Mosteiro, atravesse a rua em
direção à Praça do Império (visível na ultima foto),
atravesse-a e chegue no Padrão dos
Descobrimentos, o monumento que homenageia os navegadores portugueses da
Era dos Descobrimentos. Embora eu tenha lá minhas críticas às consequências dos
feitos dessa galera, inegável que o monumento é estonteante e vale a pena ser
visitado. Também não deixa de ser admirável o fato de esses caras terem se
lançado mar afora sabendo dos riscos de acidentes e naufrágios. E ainda que a
priori eles só quisessem achar temperos, havemos de convir que eles mudaram o rumo da história do mundo
com suas expedições (incluindo a nossa historia, né?).
O Padrão estava sofrendo uma pequena restauração quando estive lá, por isso os andaimes, que não ofuscam sua imponência
Lá no fundo é o Mosteiro dos Jerônimos, as árvores são na Praça do Império e embaixo, o mapa que estampa o chão ao redor do Padrão dos Descobrimentos e demonstra as rotas traçadas pelos navegadores
É possível subir no alto do
Padrão pagando-se uma taxa de €5 (estudante paga meia - preço de 2016) para se
ter uma vista do mapa das rotas. Particularmente, não achei que valesse a pena
o valor pago! Mas já que subi, aproveitei pra tirar uma ou outra foto:
A visão da Rosa dos Ventos no chão ao redor do Padrão. No centro dela, o mapa com as rotas traçadas pelos navegadores
Essa é a descrição da Rosa dos Ventos
Também lá do alto vê-se a Ponte 25 de Abril, que liga Lisboa à cidade de Almada
TORRE DE BELÉM: Próxima ao Padrão dos
Descobrimentos, está a Torre de Belém, edificação construída dentro do rio Tejo
em 1515, funcionava como forte para defender Lisboa. A entrada custa €6 (preço
2016). Não abre para visitação na segunda-feira, atente-se a isso!
Como era segunda-feira e a Torre estava fechada para visitação, me contentei em tomar uma Sagres ali na porta mesmo!
PASTEL DE BELÉM: Confesso que não tava nem aí para as atrações do
Bairro de Belém. Só fui lá pra comer isso!!! A Atração mais imperdível da
região, quiçá de toda Lisboa! Hahaha Brincadeira, jamais trocaria passeios por comida (ps: contém ironia hahaha)!!!!!
Imperdível, não se pode deixar de provar!
A confeitaria fica na direção
voltando ao Mosteiro dos Jerônimos, seguindo pela Rua Belém. Se você faz
questão e houver alguma mesa disponível, sente-se para saborear o quitute. Mas
eu diria para pedir para viagem, afinal você só tem mais algumas horas na cidade!
Ok! Ticados os Pastéis de Belém,
sigamos com o roteiro! Busque o mesmo bonde ou elétrico (15E) para voltar à região do
Cais do Sodré!
Segunda parada: Cais do Sodré e Praça do Comércio (ou Terreiro do Paço)
Assim como a região de Puerto
Madero, na Argentina, ou como a Região das Docas, em Belém do Pará, a região do
Cais do Sodré também teve um período de degradação, tendo passado por uma
revitalização recente e agora virou uma espécie de bairro da moda. Se você for
pernoitar na cidade, esse É O LUGAR pra balada.
Muitas opções de almoço/lanche ali dentro!
Vai ser impossível tirar uma foto sem milhares de pessoas compondo o cenário do Arco da Rua Augusta, em uma das laterais do Terreiro do Paço!
Terceira parada: A Baixa de Lisboa
Bom. Então você atravessou a Rua
Augusta e chegou na Praça do Rossio. Todo esse pedaço faz parte da Baixa, região considerada o centro de Lisboa e que foi destruída por um terremoto em
1755, tendo sido redesenhada com supervisão do Marquês de Pombal. Vai ser fácil
identificar a estátua de Pedro IV,
(mais conhecido, para nós brasileiros, como Pedro I :P) sobre o obelisco
central da praça e próximo ao monumental Teatro
D. Maria.
Admiradas as atrações, siga pela
Rua Áurea até o Elevador Santa Justa,
entre na fila e use o bilhete 24 horas pra subir até um belo mirante, de onde
seguiremos o nosso roteiro.
O elevador fica no encontro da Rua de Santa Justa com a Rua Áurea
O Santa Justa foi inaugurado em 1902, e possui uma elevação de 30 metros entre a estação inferior (Rua de Santa Justa) e a superior (Rua do Carmo)
Quarta parada: Bairro Chiado e Bairro Alto
Esses são considerados os bairros
mais boêmios de Lisboa, ambos redutos de artistas e intelectuais. Saindo do
elevador, no Chiado, uma das primeiras visões serão as ruínas do Convento do Carmo, destruído no
terremoto de 1755, que devastou Lisboa. No
Museu Arqueológico do Carmo é possível obter essa e outras informações
relevantes sobre a história de Portugal. Dependendo de quanto tempo você ainda
tem até a hora de regressar ao aeroporto, vale a pena a visita.
Entrada principal do Convento do Carmo. Perca um tempo no pátio externo! Muito bonito, a estrutura é impressionante!!
Caminhando pelo Largo do Chiado, chega-se até a Praça Luís de Camões, onde há uma
grande estátua do escritor. E por falar em estátua, também ali está o famoso Café A Brasileira, com a estátua de
Fernando Pessoa – que nasceu no Chiado – bem na frente.
Camões
Prosa
com o Pessoa <3
Ora pois, aqui então termina-se o
roteiro. Ali no Chiado, são muitos os largos, praças, cafés e bares, então
calcule o tempo que você ainda tem para parar neles, tomar um café, uma
cerveja, observar o movimento dos locais, apreciar a paisagem, descansar as
pernas... vai depender dos seus interesses pessoais! O meu, no caso, foi descer
pela rua do Café A Brasileira até a Praça dos Restauradores, onde está o Hard
Rock Café Lisboa. Nessa Praça mesmo tem uma estação para pegar o metrô de volta
ao aeroporto ou para seu hotel, caso seu voo seja só no dia seguinte!
Obelisco na Praça dos Restauradores. O Hard Rock tá aqui perto!
Fim de expediente... ops, de roteiro! Happy Hour no Hard Rock!
Últimas dicas:
- O fim do roteiro pode ser substituído ou complementado por
um por do sol em um dos muitos mirantes de Lisboa (eu não recomendo o do
Castelo São Jorge porque demandaria mais tempo pra ser uma visita realmente
efetiva no próprio Castelo). Eu tive a oportunidade de, no fim da viagem,
passar mais uma noite em Lisboa, então o por do sol ficou pra volta e foi no
Miradouro Nossa Senhora do Monte, um dos preferidos dos moradores e sobre o
qual falarei em outro post!
- Você pode, por
escolha própria, ignorar todas as informações aqui detalhadas e simplesmente
contratar aqueles ônibus turísticos city-sightseeing,
que entregam tudo mastigadinho pra você. Lisboa possui várias empresas que
prestam o serviço, que custa mais ou menos uns 20 euros e pode ser facilmente
contratado diretamente no aeroporto. Eu não curto, acho muito limitado, além de
sair 4 vezes mais caro do que se você usar o transporte público, que é bem
eficiente.
E então?! Dá pra encarar esse roteiro de um dia em Lisboa? Já encarou? Foi parecido com esse? E qual seu interesse pessoal para o fim do dia? Hard Rock? Outro bar? Deixe nos comentários suas sugestões e ajude a enriquecer o post!!!
Abraços, e até a
próxima ;)